CENTRO DE IJUÍ - DÉCADA DE 1960


Vista aérea de Ijuí em meados da década de 1960.

Observe o quanto mudou !!!!


Entre os inúmeros comentários que recebi dessa imagem, tenho a satisfação em destacar esses:

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Professor Fiorin,
saudações,

Olhei detalhadamente a foto: Ijui, na década de 60. Fiquei me imaginando, estudante de filosofia, em 1963, 1964, andando pelas ruas da cidade. Tentei recompor como era, no meu imaginário, o Ijui daqueles tempos, comparei-o com o da foto. Conclui que Ijui se agrandalhou, mas continua sendo o mesmo Ijui de sempre.
Voltei a Ijui, em agosto de 1967, há 41 anos atrás. mas Ijui não mudara nada do que fora em 1963/64. O que de fato mudara era a conjuntura do país. Em 64, março, 31, fatídico, houve o golpe. Foi um horror. A palavra de ordem era "fogo". Queimar tudo o que pudese ser lido pelos novos donos do poder, os militares, como subversão - leia-se, comunismo - era preciso elimiar, apagar rastros. Quando as livros, panfletos, poesias, fotos, eram muito valiosos, seja sentimentalmente, seja politicamernte, buscávamos o mais escuro canto dos sótãos para escondê-los. Mas quantos foram para o fogo, ou enterrados, acabaram apodrecidos, pouco meses depois.
Não que tudo isto te seja estranho. Com George Bush, tudo o que antes era comunista, agora é terrorista. O sentido é o mesmo. O horror polítco, o medo, é o mesmo. Os inimigos do poder vigente - inimigos reais ou imaginários, mas politicamente necessários para a sobvreevivência do sistema - podem mudar. Mas o medo, o terror, o horror é o mesmo. O que hoje é o Iran, antes era a URSS, Cuba ou quaquer minúsculo país que declarasse seu direito de soberania.
A fotografia é um articulador e um acendedor de memórias. Como tal, é, não só um documento histórico. É tambem, o sentimento da história, que pode ser compartilhado inter-geracionalmente.

Fiorin, obrigado pela foto/memória.

Prof. Dinarte Belato



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José Augusto:
Linda foto. Muita nitidez.
Numa avaliação apressada a foto foi clicada no fim da 1ª quinzena de junho por volta das 13 horas. Contata-se isso pela inclinação da sombra dos prédios. E, é claro, num dia muito claro. Possivelmente fazia bastante frio naquele dia.

Tudo indica que a foto foi tirada num domingo. Dia da semana e frio podem ser deduzidas pelo fato das ruas estarem vazias. Mesmo porque a hora é de um gostoso cochilo pós-meio dia.

Quanto ao ano exato também é fácil descobrir. O Edíficio Nelson Lucchese já estava construído. Existem outos prédios por onde pode-se saber com precissão o ano.

Se teimar um pouco, chega-se até o dia em que foi clicada. É só fazer o estudo da inclinação da sombra dos prédios. Aliás, por esta fonte chega-se também a hora exata em que foi clicada.

Colega, parabéns pela foto.


Um abraço.

Prof. Hilário Barbian