BRASILEIROS OU RIO-GRANDENSES: QUEM SOMOS?
José Augusto Fiorin
Professor Graduado em Historia,
Pós-graduado em Ciências Sociais:
Especialista em Sociologia,
Especialista em Gestão Escolar:
Administração, Supervisão e Orientação
Professor Graduado em Historia,
Pós-graduado em Ciências Sociais:
Especialista em Sociologia,
Especialista em Gestão Escolar:
Administração, Supervisão e Orientação
Para quem vive no Rio Grande do Sul, setembro é um mês atípico. Isso porque há manifestações culturais distintas. No inicio, a “Semana da Pátria”, em meados, a “Semana Farroupilha”. Se, por um lado, há a evocação nacionalista referindo-se ao “heróico 7 de setembro”, talvez na mesma proporcionalidade os tradicionalistas visam identificar-se com o gaúcho rio-grandense de um outro contexto e de uma outra época.
Afora os equívocos que são representados na tentativa de construção de uma outra imagem, idéia e com significados diferentes e divergentes, cabe ressaltar o papel que o movimento tradicionalista desenvolve na tentativa de doutrinar e regular as ações daqueles que se identificam com essas manifestações culturais.
No entanto, setembro demonstra uma grande contradição. Há a exaltação da “Pátria Brasileira” e, em outro momento, da “República Rio-grandense”. Contradição essa que, para o grande público, não é vista, sentida ou notada. Isto porque, através de mecanismos de repetição, os valores identitários vão se alocando nos sujeitos, dando-lhes essa condição de pertencimento ao Rio Grande do Sul ou ao Brasil.
Fatores que podem nos levar a pensar sobre essa controvertida questão de identificação, remete ao fato do Conflito Farroupilha (1835-45) possuir um caráter separatista. A idéia de uma Republica Rio-grandense nos faz refletir sobre a autonomia que a elite latifundiária e estancieira do Rio Grande do Sul almejava à Província. Porém, identificar-se com o Brasil e o 7 de setembro constitui-se como outra contradição lastimosa. Brasil livre e independente no pós 1822, onde o filho de D. João VI torna-se o imperador e a “liberdade” é representada no sangue e suor do negro africano durante o império!
Com tudo isso, refletir sobre nossa origem identitária emerge com um certo contragosto e envergonhamento. Afinal, temos que criar Pedros, Tiradentes, Bentos para suprir nossa impotência heróica. Temos que chegar ao cúmulo de ressignifcar valores e até mesmo nossa identidade. Assim, de forma jamais percebida, a condição de pertencimento acentua-se no mês de setembro. Afinal, quem somos: brasileiros ou rio-grandenses?
Afora os equívocos que são representados na tentativa de construção de uma outra imagem, idéia e com significados diferentes e divergentes, cabe ressaltar o papel que o movimento tradicionalista desenvolve na tentativa de doutrinar e regular as ações daqueles que se identificam com essas manifestações culturais.
No entanto, setembro demonstra uma grande contradição. Há a exaltação da “Pátria Brasileira” e, em outro momento, da “República Rio-grandense”. Contradição essa que, para o grande público, não é vista, sentida ou notada. Isto porque, através de mecanismos de repetição, os valores identitários vão se alocando nos sujeitos, dando-lhes essa condição de pertencimento ao Rio Grande do Sul ou ao Brasil.
Fatores que podem nos levar a pensar sobre essa controvertida questão de identificação, remete ao fato do Conflito Farroupilha (1835-45) possuir um caráter separatista. A idéia de uma Republica Rio-grandense nos faz refletir sobre a autonomia que a elite latifundiária e estancieira do Rio Grande do Sul almejava à Província. Porém, identificar-se com o Brasil e o 7 de setembro constitui-se como outra contradição lastimosa. Brasil livre e independente no pós 1822, onde o filho de D. João VI torna-se o imperador e a “liberdade” é representada no sangue e suor do negro africano durante o império!
Com tudo isso, refletir sobre nossa origem identitária emerge com um certo contragosto e envergonhamento. Afinal, temos que criar Pedros, Tiradentes, Bentos para suprir nossa impotência heróica. Temos que chegar ao cúmulo de ressignifcar valores e até mesmo nossa identidade. Assim, de forma jamais percebida, a condição de pertencimento acentua-se no mês de setembro. Afinal, quem somos: brasileiros ou rio-grandenses?