Como sucede com as demais ciências humanas, o domínio de estudo da sociologia apresenta muitas coincidências com o de outras disciplinas. A sociedade, as relações sociais e a troca social podem ser estudadas de pontos de vista propriamente sociológicos, mas também podem sê-lo em suas características econômicas, antropológicas, psicológicas etc. Por isso, não podem ser inteiramente dissociados os enfoques de caráter propriamente sociológico daqueles adotados por outras ciências afins que complementam sempre o trabalho do sociólogo.
Os autores antigos tinham uma visão predominantemente política da sociedade, já que consideravam-na como produto de uma união de vontades. Para o sociólogo moderno, no entanto, a concepção de sociedade é mais complexa e se dá dentro de uma abordagem organicista: considera-se que ela funciona de acordo com uma lógica que lhe é própria.
A sociedade se compõe de grupos distintos de indivíduos: percebemos em seu interior membros muito diferentes por sua idade, trabalho, posses, poder que detêm sobre os demais, tipo físico, características raciais e outras inúmeras manifestações da diversidade humana. Uma sociedade complexa, como as atuais sociedades nacionais, compõe-se de grande variedade de grupos humanos, formados de maneiras muito diversas: grupos raciais, econômicos, de poder etc. Um mesmo ser humano pode pertencer a vários desses grupos, entre os quais as relações são complexas e se acham sempre em equilíbrio dinâmico e cambiante.
Uma das divisões em grupos da sociedade que mais gerou controvérsias no decorrer da história ainda breve da sociologia refere-se às classes sociais. Enquanto alguns autores negam até mesmo sua existência, outros baseiam na mecânica das classes sociais sua concepção global da sociedade e seus mecanismos, sua evolução histórica e seu futuro.