A política ijuiense e os nervos aflorados

       A política ijuiense tinha tudo para ter um final de ano repleto de paz e tranqüilidade. Afora a determinação da justiça da exoneração de 102 CCs e do Tribunal de contas do Estado TCE não aprovando as contas do executivo do ano de 2009, tudo parecia correr em plena tranqüilidade. Parecia sim, até o confronto físico desencadeado por vereadores na última sessão ordinária do ano de 2011.

O motivo
       
        O grande momento da sessão estava por conta da eleição de Claudiomiro Pezzetta do PDT, para presidência da casa. Porém, a oposição PSDB,PSB,PCdoB,PMDB e PP parecia não ter tido o mesmo entendimento na votação. Resultando na eleição de Rubem Jagmin do PP como vice-presidente.
        Partindo disso, iniciou-se uma serie de acusações verbais na tribuna entre Ruben Jagmin (PP) e César Busnello (PSB).  Chegando ao ponto de Busnello ressaltar que “o vereador Jagmin só falta oficializar sua ficha no PDT".
       Certamente este pronunciamento fez que com que a situação começasse a fugir do controle no plenário do Legislativo. Jagmin foi à tribuna para dizer que "mandava no seu nariz", enquanto que Busnello gritava que ele era mandado pelo ex-secretário de Saúde, Claudiomiro Pezzetta.

O confronto

       Após a discussão no âmbito verbal, partiu-se para uma das maiores vergonhas já vivenciadas na historia política de Ijuí. Como em um octógono de UFC, ambos vereadores encaram-se e partiram para a violência física. Após tentativas de socos e empurrões, ambos foram apaziguados pelos seus assessores e alguns vereadores próximos.
       As imagens são surpreendentes, principalmente na narração do então Presidente do Legislativo, Vereador Tito Varaschin (PDT). Com palavras “calma pessoal” e “ o que que é isso” o confronto entre os vereadores se deslanchou próximo a suas cadeiras na Câmara.

A repercussão

      A imagem que fica após o incidente é de pesar. Ruben Jagmin, ex-secretario de governo do Governo Ortiz Schorer e vereador na terceira legislatura e César Busnello, reconhecido advogado e excepcional professor universitário poderiam adotar outra saída para o impasse criado. São pessoas talhadas ao exercício da função e grandes líderes da comunidade local.
       O preceito de Voltaire de que “não concordo com nada do que dizes, mas defenderei até a morte do direito em dizer” deveria imperar sob pessoas que representam parcela tão expressiva da população ijuiense, que delegaram por meio do voto, a confiança a estes legisladores.
      Após o episódio, fica nítida e clara a impressão de que o famoso ”frentão” às eleições municipais de 2012 terá muitas dificuldades de operacionalização. Parece que o PDT sai mais fortalecido e rindo do episódio. Tudo isso porque em Ijuí a oposição aprendeu a marchar em ordem desunida!