Dona Geni diz que aposentadoria é curta para dar conta de todos os remédios
O possível fechamento da Farmácia Popular promete esquentar na Câmara Municipal. Mesmo em recesso, a Casa se reúne na próxima terça-feira, a fim de solicitar informações à Secretaria Municipal de Saúde e ao Conselho Municipal de Saúde (Comus), favoráveis ao término do serviço. "A ideia é que a Farmácia Popular feche entre fevereiro e março, e nós precisamos entender o motivo. Muitas pessoas têm me procurado e manifestado sua indignação, já que são usuárias deste programa", destaca o vereador Rubem Jagmin (PP).
Uma das reclamações partiu de dona Geni Stragliotto, de 67 anos. Moradora do bairro Glória, ela utiliza medicamentos para diabetes e hipertensão, distribuídos gratuitamente pela Farmácia Popular. "Eu sou aposentada e resido com meu marido, de 75 anos, que também faz uso de medicamentos. A aposentadoria é curta e ficará mais apertada se tivermos que comprar todos os remédios necessários", disse. Segundo a aposentada, nas farmácias particulares, que possuem a bandeira do programa, os medicamentos são vendidos e com preços altos. "Sem falar que nem todos estão em estoque", declara Jagmin.A Farmácia Popular foi aberta em 2006, segundo o vereador, e um termo aditivo elaborado pelo Executivo prorrogou o prazo de vigência de 2012 a 2017. O que pode ser visualizado no Diário Oficial da União. "Este convênio pode ser rompido, certamente, mas a comunidade não quer que isso ocorra", frisa o vereador. Em visita à Farmácia Popular, Jagmin encontrou uma enfermeira, uma coordenadora e uma estagiária trabalhando. Quadro que pode manter-se com o repasse que é feito mensalmente pelo governo federal, de acordo com ele.
A reunião para debatero tema acontece na Sala de Comissões do Legislativo, a partir das 9h.
Fonte: Jornal da Manhã